Depressão pós-namoro

Depressão pós-namoro

Depressão pós-namoro

Acabou, e agora? Aprenda como lidar com a depressão pós-namoro e siga as dicas para se sair bem da fase

Entrevista com Olga Tessari

Apertar o “off” e dizer “é o fim” parece simples, mas é muito mais complicado quando envolve assuntos do coração. Para quem tomou o fora, pior ainda. Chorar alguns dias, semanas, pode ser normal. Passado esse tempo de fossa, se as lágrimas continuam a rolar, está na hora de procurar um tratamento médico.

A assistente administrativa Adriana Zacaroni, 24 anos, chorou e muito depois do término de seu namoro de três anos e meio.

“Emagreci cinco quilos em duas semanas. Não comia, dormia muito, saia sem vontade, bebia bastante para extravasar, queria conversar muito com as pessoas para tentar esquecer mas sempre acabava no assunto, ia trabalhar sem vontade e queria ir a todas as igrejas para tentar me confortar”, diz Adriana.

A psicóloga Olga Tessari explica que é natural, no início de uma perda, a pessoa querer se isolar para chorar sua dor e relembrar os bons momentos.

“Antigamente, quando morria alguém, as pessoas ficavam de luto. Se você visse uma mulher vestida de preto e sozinha, sabia que era melhor deixá-la vivendo sua dor e isso passava com o tempo. É mais ou menos assim que funciona, a pessoa precisa de um tempo para se recompor”, conta Olga Tessari.

Depressão pós-namoro

As lágrimas são comuns até os primeiros 20/30 dias passados da perda. Se o fato se estender, começam a se manifestar os indícios da depressão, que se caracteriza pela perda de algo.

Quando uma pessoa termina um relacionamento, podem vir à tona outras perdas do passado. Nesse caso, o problema se agrava e a depressão aumenta.

“Tenho um paciente que terminou um relacionamento de cinco anos e entrou em depressão. Logo, descobrimos que ele também sentia a falta do pai e a perda dele. A dor é maior porque une os dois casos”, completa a psicóloga.

Outra causa da doença está relacionada a pessoas mimadas pelos pais. Elas não estão acostumadas a ouvir a palavra “não” e sempre conseguem tudo o que querem. Dessa forma, elas pensam que o namorado (a) deve ficar junto a qualquer custo e se culpam quando isso não acontece.

Ao pensarem que não foram capazes de “segurar” o companheiro e de mantê-lo ao seu lado, essas pessoas sofrem de autoestima, iniciando a depressão.

Aprender a lidar com as perdas

A depressão pós-namoro é muito comum em adolescentes e jovens adultos que não sabem lidar com a perda. Eles costumam ser radicais, partindo para o uso das drogas, parando de trabalhar e fazendo coisas que vão contra eles mesmos.

O tratamento psicológico consiste em aumentar a autoestima para que a pessoa se sinta segura e aprenda a encarar a dor de permitir que alguém vá embora da sua vida, caso ela não esteja feliz ao seu lado.

Matéria publicada no Guia da Semana por Carolina Tavares

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OLGA TESSARI – Psicóloga (CRP06/19571), formada pela Universidade de São Paulo (USP), pesquisa e atua com novas abordagens da Psicologia Clínica, em busca de resultados rápidos, efetivos e eficazes, voltados para uma vida plena e feliz. Ama o que faz e segue estudando muito, com várias especializações na área. Consultora em Gestão Emocional e Comportamental, também atua levando saúde emocional para as empresas. Escritora, autora de 2 livros e coautora de muitos outros. Realiza cursos, palestras e workshops pelo Brasil inteiro e segue atendendo em seu consultório ou online adolescentes, adultos, pais, casais, idosos e famílias inteiras que buscam, junto com ela, caminhos para serem felizes! Saiba mais

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