Traição conjugal

Traição conjugal

Traição conjugal

Um drama que atinge muitos casamentos

Entrevista com Olga Tessari

A dor de uma traição é sempre difícil de ser superada. Aquele aperto no peito insuportável parece que nunca vai passar. Inúmeras são as pessoas que já passaram pela experiência de serem traídas.

Embora existam diversos tipos de traição – entre amigos, na família ou no amor –, a da pessoa amada, segundo relatos, é a mais difícil de ser superada.

Márcia Fiocchi viveu maus momentos em seu casamento com José, que só foram superados quando ambos tiveram um encontro real com o Senhor Jesus e começaram a seguir os Mandamentos de Deus escritos na Bíblia.

Foram várias noites sem dormir enquanto José substituía sua família por amantes. Sempre as mesmas desculpas: trabalhos, projetos, viagens… Passava noites fora e as brigas eram constantes. Uma história parecida com a de muitos casais.

Traição conjugal – motivos

São vários os motivos que levam uma pessoa a trair.

Para Olga Tessari, psicóloga e psicoterapeuta desde 1984, “a insatisfação no relacionamento, o orgulho, a falta de autoestima, de romance, aventura e emoção acabam dando lugar à rotina. Coisas como pagar as contas, hora para isso ou para aquilo quebram o clima gostoso do namoro”, explica Olga, afirmando que essas são justificativas usadas pelos que buscam relacionamentos extraconjugais.

O desejo de encontrar a pessoa amada

Embora a modernidade tente mostrar que o casamento é algo antiquado, e muitas pessoas já o tenham abolido, são muitos os que ainda sonham com o matrimônio.

Porém, a psicóloga destaca que “há gente se casando por uma questão de segurança financeira ou por medo de ficar para “titia”. Isso pode levar a pessoa a trair no casamento, porque, quando não há amor, aumenta a probabilidade de traição”, revela Olga Tessari.

Como evitar a traição conjugal?

A psicóloga alerta para a importância de se manter um relacionamento de namoro.

“Toda semana, por exemplo, estipular um horário, para se encontrarem em algum lugar para um momento a dois. Seja para jantar fora, ir ao cinema, ao shopping, a um restaurante, ou seja, se relacionarem fora da rotina diária”, orienta Olga Tessari, acrescentando:

“O diálogo é muito importante. Não queira que o outro entenda o que você está pensando ou sentindo, porque ele ou ela não poderá adivinhar”, declara Olga Tessari.

É comum ouvir dizer que os homens não gostam de discutir a relação. A psicóloga lembra que isso acontece porque muitas vezes a mulher quer discutir em um momento inadequado.

“De repente, ele chegou do trabalho cansado ou está irritado com a sua rotina profissional e não quer falar sobre o assunto. O ideal é que ela aguarde um pouco, contenha a sua ansiedade de conversar e espere o momento certo”, explica Olga.

O que diz a estatística

A Síntese dos Indicadores Sociais 2005 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o brasileiro está casando mais.

Segundo a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio (Pnad 2004), o número de casamentos no País cresceu 7,7% e os divórcios tiveram queda de 3,7% em relação a 2003. O número de separações judiciais – dissolução legal da sociedade conjugal – foi 7,4% menor que no ano anterior.

Mesmo com a queda dos casamentos desfeitos, a traição é um problema que aflige muitos; no entanto, não há estatísticas que indiquem que os homens traem mais do que as mulheres, porque as coisas estão equivalentes.

“Atualmente, as mulheres estão se igualando aos homens. Todavia, elas parecem estar conseguindo disfarçar melhor, pois mesmo com o avanço da mulher na sociedade, a maioria ainda tem mais a perder do que o homem, no caso de uma separação”, destaca Olga Tessari.

A traição conjugal pode custar caro

A traição, ou adultério, acontece desde a existência do mundo, e houve época em que era considerado crime passível de apedrejamento, morte e humilhação social.

O advogado João Oliveira explica que, há até pouco tempo, o adultério era considerado crime pelo Código Penal.

“Surpreendendo a muitos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aproveitando o Dia Internacional da Mulher, sancionou a Lei 11.106 de 2005, que revogou o artigo 240. Desde então, o adultério passou a não ser mais considerado crime”, diz o especialista, explicando que a fidelidade é uma exigência tanto nos casamentos formais quanto nas uniões estáveis.

“O seu desrespeito é motivação jurídica para que o cônjuge ou companheiro tenha a possibilidade de separação”, declara o advogado.

Matéria publicada pela Agência Unipress Internacional por Letícia Namorato

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OLGA TESSARI – Psicóloga (CRP06/19571), formada pela Universidade de São Paulo (USP), pesquisa e atua com novas abordagens da Psicologia Clínica, em busca de resultados rápidos, efetivos e eficazes, voltados para uma vida plena e feliz. Ama o que faz e segue estudando muito, com várias especializações na área. Consultora em Gestão Emocional e Comportamental, também atua levando saúde emocional para as empresas. Escritora, autora de 2 livros e coautora de muitos outros. Realiza cursos, palestras e workshops pelo Brasil inteiro e segue atendendo em seu consultório ou online adolescentes, adultos, pais, casais, idosos e famílias inteiras que buscam, junto com ela, caminhos para serem felizes! Saiba mais

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