Suicídio é fuga?

Suicídio é fuga?

Suicídio é fuga?

Tentativa desesperada de solução de um problema, embora seja uma alternativa inadequada.

Direitos autorais das respostas © Dra Olga Tessari

A busca da morte é uma forma de fugir do sofrimento?

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Suicídio é fuga?

O que leva uma pessoa a cometer suicídio?

Dra. Olga Tessari: “A conduta suicida, na verdade, é uma tentativa desesperada em busca da solução de um problema, embora seja uma alternativa inadequada. Ela acontece depois de várias tentativas de solucionar o problema (de todas as maneiras possíveis e imagináveis para a pessoa), porque não conseguiu encontrar nenhuma solução para o problema.”

“Seria algo como a última saída para solucionar o problema: a pessoa sofre tanto e não suporta mais conviver com o problema. Então, o suicídio seria a alternativa final. Em geral, a conduta suicida está presente nas pessoas que padecem de depressão, alcoólicos ou dependentes químicos e se agrava se houver sintomas psicóticos.”

Existe algum fator genético ou psicológico que já predispõe a pessoa a cometer este ato?

Dra. Olga Tessari: “Não há pesquisas conclusivas que mostrem que o suicídio seja algo genético.”

“Existem alguns fatores que podem colaborar para a tendência ao suicídio: o fato da pessoa ser impulsiva, dela não pensar para agir, não medindo a consequência de suas atitudes, o que pode ocasionar uma série enorme de problemas para ela.”

“Temos também a baixa capacidade ou mesmo a dificuldade que a pessoa tem para resolver seus problemas.”

“Além disso, ela costuma apresentar pensamentos, atitudes e objetivos derrotistas ou inadequados. Os fatores ambientais também podem colaborar para a tendência suicida: problemas socioeconômicos, solidão, doenças crônicas e sentimentais.”

Há alguma diferença entre uma pessoa que resolve cortar os pulsos e uma outra que fica em cima de um prédio apenas ameaçando se jogar?

Dra. Olga Tessari: “Muitas vezes, estas atitudes representam um grito desesperado de dizer para as pessoas o quanto tem sido difícil e insuportável conviver com a realidade que ela está vivendo, de mostrar o seu sofrimento e a necessidade que a pessoa tem de querer ser ajudada: seria algo como um pedido de socorro!”

“Tanto que, quando a pessoa toma tais atitudes, ela ‘espera’ uma ajuda. E, infelizmente, talvez esta seja a única forma de fazer com que as pessoas a sua volta prestem atenção nela e vejam o quanto ela tem sofrido. Se houvesse mais diálogo e convivência familiar, certamente essa pessoa não precisaria recorrer a estas atitudes tão drásticas.”

“É preciso que, no dia a dia, pais, responsáveis, familiares e amigos estejam atentos ao comportamento de quem tem uma conduta suicida: a pessoa costuma se fechar mais do que costume, evitar reuniões de família, passeios ou de estar com amigos. Estar presente na vida dessas pessoas, saber ouvi-las e estimular o diálogo é fundamental para evitar que ela possa se sentir amada!”

Dra. Olga Tessari é Psicóloga, escritora, palestrante e psicoterapeuta desde 1984; também faz pesquisas, consultoria e supervisão clínica. Seu site: www.olgatessari.com

Matéria publicada no Jornal Polêmica em março/2008

Olga Tessari

Olga TessariPsicóloga (CRP06/19571), formada pela Universidade de São Paulo (USP), pesquisa e atua com novas abordagens da Psicologia Clínica, em busca de resultados rápidos, efetivos e eficazes, voltados para uma vida plena e feliz. Ama o que faz e segue estudando muito, com várias especializações na área.

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