Depressão infantil 2

Depressão infantil

Depressão infantil 2

A doença não é exclusividade dos adultos. Fique atenta aos sintomas!

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Entrevista com Olga Tessari

Letícia, de sete anos, sempre foi uma menina alegre e comunicativa. Estava sempre inventando alguma brincadeira – sua preferida era imitar, junto à irmã mais nova, as coreografias do filme High School Musical, que é uma verdadeira febre entre a garotada.

De repente, seu humor foi mudando e, aos poucos, a menina foi ficando mais calada, aparentando tristeza, e começou a se afastar das brincadeiras. Perdeu também o apetite e a vontade de ir à escola. As notas foram ficando cada vez mais baixas e a menina chorava muito e passava mal na hora de vestir o uniforme.

Preocupada, a mãe, Renata Souto, de 34 anos, resolveu levá-la ao médico. E saiu de lá com um diagnóstico que às vezes parece impossível de se aplicar às crianças: depressão.

Depressão infantil

Pois é, até mesmo a garotada é alvo da doença, considerada hoje o mal do século – segundo a Organização Mundial de Saúde, em 2020 a depressão passará a ser a principal causa de mortes no mundo, perdendo apenas para as doenças coronárias.

O assustador é que algumas crianças, antes mesmo de sair das fraldas, já começam a manifestar o problema – há casos de crianças deprimidas antes mesmo de completar dois anos de idade.

“Como a depressão surge a partir de uma situação traumática, qualquer evento pode deflagrá-la, em qualquer faixa etária”, explica a psicóloga e psicoterapeuta Olga Tessari.

“As mudanças de comportamento na criança são de extrema importância; quanto mais súbitas forem, mais importantes são”, diz Olga Tessari. 

Sinais de que algo vai mal 

Segundo a Dra. Olga Tessari, os sintomas da depressão infantil podem ter início com a perda de interesse da criança pelas atividades que habitualmente eram prazerosas ou interessantes para ela, manifestando-se como uma espécie de aborrecimento constante diante de jogos, brincadeiras, esportes ou reuniões com os amigos.

“As mudanças de comportamento na criança são de extrema importância; quanto mais súbitas forem, mais importantes são”, disse Olga Tessari e continua:

“Crianças que passam a apresentar uma conduta irritável, destrutiva, agressiva, com a violação de regras sociais anteriormente aceitas, oposição à autoridade, com preocupações e questionamentos de adultos podem estar sofrendo de depressão, assim como aquelas que estejam desatentas na escola e apáticas. Nesses casos, é necessário que a criança seja submetida a uma avaliação médica para descartar a possibilidade de algum fator orgânico ser o causador desta mudança”, alerta Olga Tessari.

No caso de Letícia, após uma entrevista com uma psicóloga, foi constatado que ela estava sofrendo com gozações e provocações dos coleguinhas, que a tornaram motivo de chacota por causa das sardas e do excesso de peso.

Com a autoestima lá embaixo, a menina passou a ficar com medo de frequentar as aulas e ser alvo de mais piadas e brincadeiras de mau gosto.

“Antes ela era alegre e confiante, mas se deprimiu ao ver que as outras crianças começaram a julgá-la pela aparência. De tanto ouvir que era feia, gorda e sardenta, ela passou mesmo a acreditar nisso. Não se sentia bem nem mesmo dentro de casa. Não queria comer, não queria estudar, não queria sair de casa, só ficava trancada no quarto. Gritava muito com a gente, ficava muito irritada quando tentávamos conversar”, conta a mãe.

Tristeza não, doença! 

Ao contrário do que muita gente pensa, depressão não é só tristeza. É um transtorno de humor capaz de comprometer o desenvolvimento da criança ou do adolescente, interferindo no seu processo de amadurecimento psicológico e social.

Nessa fase, a doença afeta a qualidade de vida, o desempenho na escola e o ajuste pessoal. E é de extrema importância que a doença seja detectada o mais precocemente possível para evitar que ela volte a se desenvolver na idade adulta.

O problema é que nem sempre os pais e os professores sabem como descobrir a depressão – que, muitas vezes, é confundida com hiperatividade, déficit de atenção ou problemas de aprendizado.

Isso vem preocupando especialistas em infância e adolescência, pois o número de pacientes mirins aumenta a cada ano, mas nem todos eles recebem a atenção devida. Para se ter uma idéia, na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, os casos de depressão infantil aumentaram 10% desde 1995.

E 76% das famílias atendidas ignoravam completamente que a criança ou o adolescente estivesse com a doença.

Matéria publicada no site Bolsa de Mulher por Anna Mocellin em 07/10/2007

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OLGA TESSARI – Psicóloga (CRP06/19571), formada pela Universidade de São Paulo (USP), pesquisa e atua com novas abordagens da Psicologia Clínica, em busca de resultados rápidos, efetivos e eficazes, voltados para uma vida plena e feliz. Ama o que faz e segue estudando muito, com várias especializações na área. Consultora em Gestão Emocional e Comportamental, também atua levando saúde emocional para as empresas. Escritora, autora de 2 livros e coautora de muitos outros. Realiza cursos, palestras e workshops pelo Brasil inteiro e segue atendendo em seu consultório ou online adolescentes, adultos, pais, casais, idosos e famílias inteiras que buscam, junto com ela, caminhos para serem felizes! Saiba mais

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