Pais e filhos devem falar sobre sexo

Pais e filhos devem falar sobre sexo

Pais e filhos devem falar sobre sexo

Falar sobre sexo e sexualidade com os pais ainda continua sendo um tabu para a maioria dos adolescentes e jovens

Entrevista com Olga Tessari

Pais e filhos devem falar sobre sexo – Sexo verbal

Hoje em dia, falar sobre sexo e sexualidade com os pais continua sendo um tabu para a maioria dos adolescentes e jovens. O principal motivo desse acontecimento é, com certeza, a falta de informação dos pais que, quase sempre, tem vergonha de conversar com os filhos sobre esse assunto.

Na maioria das vezes, as informações que os filhos procuram não vão de acordo com a resposta dada pelos pais. Além do diálogo ser muito difícil entre pais e filhos, quando este acontece, muitas vezes é cheio de códigos e meias-palavras, que mais transtornam a vida dos filhos que esclarecem.

Outro empecilho na hora de conversar com os filhos é saber a quem do casal cabe essa tarefa. No âmbito dessa sociedade machista, a maioria dos pais deixa para a mãe o papel de educar os filhos – e isso inclui a educação sexual.

Existe ainda, uma posição tomada pela maioria das famílias que, quando o menino torna-se adolescente e os pais percebem que ele começou a vida sexual, cabe ao pai informá-lo e orientá-lo sempre que precisar.

Porém, se o casal não tem um diálogo sobre o assunto, os filhos não serão bem informados.

A pediatra Dea Mascarenhas conta que certa vez uma criança perguntou para a mãe se ela fazia sexo seguro, e a resposta da mãe foi bem objetiva e verdadeira: “Eu faço sexo seguro com seu pai sem usar camisinha, isso porque somos casados e não temos outros parceiros”.

Dea diz ainda que isso só mostra o despreparo de alguns pais para tratar desse assunto com seus filhos, principalmente quando estes estão na fase pré-adolescente.

A médica observa que nem crianças e nem adolescentes estão preparados, até mesmo no início do período de descoberta do corpo, para lidar com a masturbação.

Segundo ela, os pais devem mostrar aos filhos que a masturbação, o toque em seu próprio corpo, é um ato natural e saudável em qualquer fase da vida. “É um ato de prazer dele pra ele. Não dá pra ser exposto.”

Como na maioria das vezes esse diálogo não acontece em casa, é necessário que a escola incentive seus alunos através de atividades educativas que o levem a conhecer o próprio corpo e a saber utilizar a sexualidade de modo responsável, como informam os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais).

O objetivo dos PCNs é garantir que todas as crianças e jovens brasileiros tenham o direito de usufruir do conjunto de conhecimentos reconhecidos como necessários para o exercício da cidadania.

Entende-se por esse direito, o estudo de alguns temas relacionados diretamente à Educação Sexual e, por esse motivo, as escolas deveriam incluir no seu currículo escolar essa forma de conhecimento, o que não vem acontecendo há muito tempo.

Informação inadequada

Outro problema é saber de onde vem a informação. Se os pais são desinformados e se a escola não objetiva ensinar Educação Sexual aos seus alunos, essas crianças e adolescentes buscam informações em outras fontes, muitas vezes emaranhadas de neologismos e super carregadas de preconceitos.

Segundo a psicóloga e psicoterapeuta Olga Tessari, na maioria das vezes, as informações sobre sexualidade chegam aos adolescentes através dos próprios colegas, que quase sempre desconhecem a verdade, e da mídia, nem sempre adequadas.

O jovem de hoje não pode ficar esperando as informações caírem do céu, muito menos acreditar em tudo que os colegas falam. As informações verdadeiras sobre sexo e sexualidade não podem e nem devem ser simplesmente ensinadas e aprendidas, elas tem que ser discutidas e multiplicadas de uma forma correta e objetiva.

O ato de pesquisar em livros e na internet, assistir programas relacionados, discutir com os pais, informando-os quando os mesmos não conhecem determinado tema e de organizar grupos de discussões dentro da escola, só formarão adultos responsáveis e conscientes do seu papel de cidadãos.

Quando pais, esses jovens terão a oportunidade de conversarem abertamente, cientes do que dizer e como dizer a seus filhos o que deve e não deve ser feito no exercício seguro da sexualidade, e principalmente, na famosa hora “H”.

Matéria publicada por Flávio Vasconcelos – 16 anos, aluno do Liceu Estadual de Maracanaú, Editor do Clube do jornal O Verbo – Publicada no MaracaNET

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OLGA TESSARI – Psicóloga (CRP06/19571), formada pela Universidade de São Paulo (USP), pesquisa e atua com novas abordagens da Psicologia Clínica, em busca de resultados rápidos, efetivos e eficazes, voltados para uma vida plena e feliz. Ama o que faz e segue estudando muito, com várias especializações na área. Consultora em Gestão Emocional e Comportamental, também atua levando saúde emocional para as empresas. Escritora, autora de 2 livros e coautora de muitos outros. Realiza cursos, palestras e workshops pelo Brasil inteiro e segue atendendo em seu consultório ou online adolescentes, adultos, pais, casais, idosos e famílias inteiras que buscam, junto com ela, caminhos para serem felizes! Saiba mais

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