Irmãos que brigam!
“Eu vou CONTAR pra mamãe!”
Irmãos que brigam. Seus filhos vivem brigando?
Saiba como resolver essas guerras!
Entrevista com © Dra Olga Inês Tessari
Eles aprenderam os mesmos valores e receberam o mesmo carinho, mas são muito diferentes entre si e vivem em pé de guerra. Um é meio bagunceiro; o outro não pode ver nada fora do lugar. Um quer ouvir som alto à noite; o outro prefere dormir cedo. Não importa o motivo, o resultado é sempre este: brigas, discussões, xingamentos e, no final todo mundo de cara amarrada.
Para devolver a paz ao seu lar, é preciso ter determinação. “O primeiro passo é não tomar partido, porque sempre haverá mais de uma versão para cada história”, diz Olga Tessari, psicoterapeuta de São Paulo. “Os pais devem agir como mediadores e incentivar o diálogo” completa.
Promova a paz – Veja como incentivar o diálogo em três situações típicas de conflitos entre irmãos:
MAIS NOVO X MAIS VELHO – Durante uma briga, os pais tendem a proteger o menor. Isso faz o maior se sentir menos amado. Tente equilibrar a atenção: nem sempre é o filho mais novo quem tem razão.
MEU X NOSSO – Se um dos dois não quer emprestar um brinquedo ou uma roupa, pergunte por que está agindo assim. Se a resposta for “Porque meu irmão não cuida direito das coisas”, cheque se isso é verdade.
DIÁLOGO X CASTIGO – Se os ânimos estão esquentando chame seus filhos para conversar. Deixe claro que eles precisam entrar em um acordo – caso contrário, receberão um castigo. “A punição deve ser igual para todos, não interessa quem começou a confusão”, aponta Olga. Se os pais presenciarem uma agressão física, podem dar um castigo mais severo ao agressor, sem se esquecer de investigar o que motivou a briga.
DEPOIS QUE A RAIVA PASSAR – Em qualquer idade, quando uma discussão termina, é comum surgir um momento de raiva. Não adianta forçar uma reaproximação ou dizer que “ele é seu irmão, você precisa amá-lo”. Olga Tessari sugere respeitar esse período, desde que ninguém provoque novas brigas e seja malcriado. Logo a raiva passa e, pouco a pouco, os irmãos voltam a interagir. No site www.olgatessari.com ela dá mais dicas úteis sobre o relacionamento entre irmãos.
Matéria publicada na Revista Ana Maria – N° 614 – 18/07/2008 por Luiza Andrade