Terapia é coisa de doidos?
A resistência à terapia ainda está presente em todas as faixas etárias!
Entrevista com © Dra Olga Tessari
Terapia é coisa de doidos ou um puro preconceito?
A terapia com psicólogo ainda é vista com preconceito por muitas pessoas.
A adolescência é uma etapa de transição em que a vida de criança começa a dar lugar às responsabilidades do mundo adulto.
Além das mudanças, o jovem também precisa conviver com as pressões exercidas pela família e pela sociedade. Essa situação favorece o desenvolvimento de sentimentos como a angústia e a ansiedade, que podem se transformar em problemas psicológicos que precisam ser devidamente tratados.
A terapia é uma alternativa eficaz para ajudar o jovem a aprender a lidar de forma positiva com os conflitos, pressões e sentimentos que interferem no seu bem-estar, na sua autoestima e nos relacionamentos em geral que ela estabelece com os outros a sua volta, mas o preconceito ainda afasta muitas pessoas desse tipo de tratamento.
Mau desempenho na escola
O mau desempenho na escola é um dos sintomas mais recorrentes de que algo está errado com o adolescente.
Diante disso, os pais às vezes se desesperam e concentram-se em exigir uma mudança de postura do filho. As cobranças geralmente não dão resultado, até porque o bom desempenho escolar depende de um equilíbrio emocional que, certamente, não está presente nesse momento na vida do jovem.
De acordo com a psicóloga e psicoterapeuta Olga Tessari, a resistência à terapia ainda está presente em todas as faixas etárias e está relacionada ao preconceito de que psicólogo é coisa para loucos, pessoas desequilibradas e que não são capazes de resolver os problemas por si próprias.
“O problema é que as pessoas buscam o psicólogo somente depois de várias tentativas infrutíferas de tentar resolver o problema sozinhas ou de seguirem as opiniões de pessoas não especializadas”, disse Olga Tessari.
Adolescente tem crise de identidade
Embora a adolescência seja uma fase de transformação em que as crises de identidade e a insegurança são comuns, os conflitos do jovem precisam ser levados a sério.
Olga Tessari explica que os motivos que costumam levar um adolescente à terapia são as dificuldades de se relacionar com amigos e namorada, baixa estima, mau desempenho escolar, problemas de aprendizagem, medos, ansiedade, estado depressivo e timidez.
Na batalha por uma vaga na universidade, muitos jovens se sentem pressionados. Neste período a ansiedade eleva-se e, se não for controlada, pode levar inclusive a um mau resultado no vestibular. A terapia é uma ótima alternativa para os adolescentes que enfrentam essa situação, porque ensina a lidar com a ansiedade e conservar a tranqüilidade.
Cabe aos pais orientar corretamente os filhos e ajudá-los a superar as dificuldades. O problema está no fato de que os pais, especialmente as mães, geralmente acreditam que podem solucionar as angústias e aflições do jovem.
“Se seu carro quebra, você corre para chamar o mecânico, a pessoa especializada para consertá-lo. Se o problema é emocional, por que não se busca diretamente o psicólogo?”, indaga Olga Tessari.
Benefícios da terapia
São muitos os benefícios que a terapia pode oferecer ao jovem. Através dela, ele se tornará mais seguro e confiante, aprenderá a controlar impulsos e fobias, minimizará traumas, melhorará as relações interpessoais, superará medos e saberá lidar positivamente diante das situações desafiadoras.
Esses fatores aumentam a qualidade de vida da pessoa e também facilitam o estabelecimento e a realização de metas, além de colaborar para que o jovem possa se relacionar bem com seus pares.
Matéria publicada na Gazeta Digital – Especial para o Zine por Larissa Cavalcante – Edição 6179 – 05/10/2008
Saiba mais…
Olga Tessari, Psicóloga (CRP06/19571), formada pela Universidade de São Paulo (USP), pesquisa e atua com novas abordagens da Psicologia Clínica, em busca de resultados rápidos, efetivos e eficazes, voltados para uma vida plena e feliz. Ama o que faz e segue estudando muito, com várias especializações na área.
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