Pessoa ciumenta

Pessoa ciumenta

Pessoa ciumenta

O comportamento da pessoa ciumenta é de posse, de dependência emocional e, no final, quase sempre colabora para o fim do relacionamento.

Entrevista com Olga Tessari

Todas as pessoas ciumentas têm um forte sentimento de posse em relação ao outro, a ponto de considerá-lo como alguém que lhes pertence, como se ele fosse um objeto seu.

O comportamento da pessoa ciumenta

Veja algumas coisas que os casais relatam sobre o ciumento(a):

  1. Revista as coisas pessoais do cônjuge, seja bolsa, carteira, roupas, etc. Ele já vai com uma “quase certeza” que vai encontrar algo. Qualquer coisa vale para despertar nele a atenção, um número de celular desconhecido, um cartão, um bilhete com um nome, um endereço, etc.
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  2. Dependendo do nível cultural, proíbe a esposa de ir ao ginecologista ou qualquer outro médico, ele vive achando que todo mundo está desejoso de ter um caso com a mulher dele. Ele não percebe que, se porventura outro desejá-la, para que vá, além disso, primeiro é preciso que ela também deseje e aí que entra a agressão, a violência moral contra a esposa, de achar que ela não tem dignidade, caráter e virtude e irá sucumbir ao menor sinal do outro macho. Ele julga sempre tomando por base o pior, ele acredita no pior, daí o seu desespero e sofrimento.
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  3. Ele(a) vigia todos os movimentos do outro, inclusive o movimento dos seus olhos. Fica de olho no olhar dos homens que cruzam o caminho dela e queima de raiva, porque normalmente eles olham mesmo, o que está dentro do normal e permitido.
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  4. Quando ele encontra uma roupa íntima, uma calcinha, no banheiro ou no cesto de roupa suja, ele vai lá e procura na peça qualquer vestígio de outro homem. Até o cesto de lixo do banheiro ele verifica.
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  5. Controla dias e horários, dinheiro, conta bancária, a origem do presente, vigia os sites que visita, os e-mails que recebe.
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  6. Às vezes, chega a ponto de pedir para um conhecido ligar no serviço dele(a) e passar-lhe uma cantada.
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  7. Se porventura, na hora do sexo, ele(a) está mais fogoso, já é motivo para desconfiar que andou se excitando de alguma forma, fantasiando ou qualquer coisa assim. O ciumento chega ao cúmulo de querer saber o que o outro está ou esteve pensando.

Ciúme pode ser encarado de forma positiva?

A psicóloga e psicoterapeuta Olga Tessari coloca que o ciúme também pode ser encarado de forma positiva.

“Como dizia o poeta, o ciúme é o tempero do amor. Todos nós gostamos de sentir que a pessoa que amamos sente algum ciúme de nós, pois entendemos isto como uma demonstração de amor, uma medida de segurança do nosso relacionamento. As pessoas pensam que a ausência do ciúme é sinal de desinteresse, o que não é verdade”, alerta Olga Tessari.

As pessoas são levadas a se tornarem possessivas sobre as coisas que possuem, por conta da educação que recebem e da cultura da sociedade. “Assim, fica mesmo difícil eliminar o ciúme, mas é possível mantê-lo num patamar aonde a pessoa ciumenta não sofra e nem provoque sofrimento para aqueles que estão à sua volta”, disse ela.

Dra. Olga Tessari diz que “uma certa dose de ciúme é normal e natural: seria algo como um termômetro que mede o interesse de uma pessoa.

Mas isso não quer dizer que, quanto mais ciúme, mais interesse, pelo contrário, quanto maior o ciúme, menos “normal” ele se torna! Uma pessoa enciumada se sente na iminência de perder a pessoa amada o tempo todo e sente esta ameaça de perda em todos os lugares e em todas as pessoas que se aproximam da amada!

Pessoa ciumenta: as causas do ciúme

Leia abaixo um texto de ©Olga Tessari
*o texto está registrado de acordo com a Lei de Direitos Autorais

O ciúme tem como causa uma insegurança externa ou interna.

a) causa externa: o(a) parceiro(a), de alguma forma, dá motivos que provocam insegurança: já traiu antes ou tem atitudes que promovem insegurança no relacionamento. Neste caso, é o(a) parceiro(a) quem acaba por gerar o ciúme!

b) causa interna: A própria pessoa é insegura consigo mesma e tem motivos da sua vivência anterior para se sentir assim. Neste caso, é preciso que ela faça um tratamento psicológico para aprender a ter confiança e segurança em si mesma, aprendendo a lidar de forma positiva com sua ansiedade, insegurança e ciúmes, porque o ciúme pode acabar com um relacionamento.

De uma certa forma, pela própria educação que tivemos, todos nós somos um pouco possessivos quando queremos que alguém fique conosco ao nosso lado e desejamos que esta pessoa tenha toda a sua atenção voltada só para nós!

Todas as pessoas ciumentas têm um forte sentimento de posse em relação ao outro, a ponto de considerá-lo como alguém que lhes pertence, como se ele fosse um objeto seu. Então, quanto mais ciumenta for a pessoa, mais possessiva ela se torna a ponto de querer ter o domínio total de todos os passos de seu parceiro.

A pessoa ciumenta, além de causar sofrimento, também sofre muito com seu ciúme, tem baixa autoestima, é uma pessoa insegura e dependente, deixa-se levar por sua imaginação, a qual está sempre voltada para o negativo (ela sempre imagina o pior!). Ela precisa de tratamento psicológico para elevar a sua autoestima e, dessa forma, preservar o seu relacionamento.

Já vi uma infinidade de casos em que relacionamentos terminam por causa do ciúme. E, pior ainda, esta pessoa ciumenta, que causou o término deste relacionamento, fica mais insegura ainda com o fim desta relação e, certamente, num próximo relacionamento, será mais ciumenta ainda, o que gera um círculo vicioso sem fim, com um sofrimento cada vez maior. (fim do texto de Olga Tessari)

O ciumento muitas vezes não se dá conta que está exagerando e precisa ser notificado disso, um bom diálogo, ajuda e muito. Fale com ele(a) sobre isso, numa boa, busque ajudar, orem nesse sentido e lembre-se: ” O ciumento é um prisioneiro que aprisiona a pessoa amada, que está num sofrimento e precisa de libertação”, diz Olga Tessari.

Matéria publicada no site Esposa Virtuosa Sim por Sued Santana

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